quarta-feira, maio 20, 2009

Mais uma carta...

Toda as penas que possa ter lhe imputado por sentir algum dia o seu amor não correspondido, pago em doses diárias, com todas as correções possíveis...

Como é duro amá-lo em silêncio. Como é duro sentir-me idiota a cada vez que o acolho em suas fragilidades, e permito aflorarem os meus mais nobres sentimentos, o meu grande e sagrado amor, guardado e reservado apenas para você...e logo depois perceber que somente fui o alívio de um momento de baixa auto-estima gerado por alguma turbulência em um novo romance...

Não sou, não tenho intenção de ser apenas sua amiga. Quero por inteiro este homem que me enche o peito de luz e a cabeça de sonhos! Que eleva minha alma para seus mais nobres intentos e que, perto dele, faz com que seja o melhor de mim.

"Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude."

Soneto do amor total, Vinícius de Moraes

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Ja praticaste tanto o amor assim para poder escrever sobre ele?
Amor não correspondido é não amor. E isso é para profissionais...

1:43 AM  

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