Identidade
Alguém só conhece a si próprio através dos outros...são eles nossas balanças, espelhos, estradas...através deles é que nos descobrimos, nos encontramos e ressurgimos...
A busca, essa é interna...mas somente no momento em que jogamos isso para o mundo e para os outros é que podemos saber como funciona...e se funciona...feedback, empatia, não sei todos os nomes possíveis para esse processo, mas ele é necessário...
Os eremitas iluminados, a meu ver, são apenas seres fracos demais para esse doloroso, custoso, penoso, porém profícuo ofício chamado convívio. O silêncio é valoroso, sem dúvida...o recolhimento também...mas a fuga, essa não.
Assim, deixemo-nos vulneráveis, ao alvo, passíveis de sermos observados, apontados, criticados, examinados. Só assim saberemos quem somos, e os múltiplos do que somos, nas infindáveis combinações diante de cada outro ser, também múltiplo.
A busca, essa é interna...mas somente no momento em que jogamos isso para o mundo e para os outros é que podemos saber como funciona...e se funciona...feedback, empatia, não sei todos os nomes possíveis para esse processo, mas ele é necessário...
Os eremitas iluminados, a meu ver, são apenas seres fracos demais para esse doloroso, custoso, penoso, porém profícuo ofício chamado convívio. O silêncio é valoroso, sem dúvida...o recolhimento também...mas a fuga, essa não.
Assim, deixemo-nos vulneráveis, ao alvo, passíveis de sermos observados, apontados, criticados, examinados. Só assim saberemos quem somos, e os múltiplos do que somos, nas infindáveis combinações diante de cada outro ser, também múltiplo.
4 Comments:
O terceiro parágrafo diz tudo!
Concordo 100%
bjs :)
Você não vai atualizar mais?
Poxa...
Você não vai atualizar mais?
Poxa...
O interessante das relações humanas é que elas nos dão a amplitude aproximada das infinitas possibilidades que duas ou mais pessoas podem fomentar entre elas. Pela minha visão, somos três pessoas: a que somos realmente (se é que existe esse "determinismo de caráter", a que imaginamos projetar em outras pessoas (que, pouco desenvolvida, nos leva ao jargão "falta de semancol"), e a pessoa que acham que somos. O quão profunda é essa análise? Não sei. Mas se olharmos nos olhos de alguém, nos veremos no reflexo dos mesmos. Nada mais justo. Afinal, é assim que nos enxergamos, em última análise.
Quanto à fuga...? O ermitão é aquele que, de seu convívio com a sociedade, viu muito pouco interesse em caminhar com outros. Sua solidão é sua vontade de encontrar-se em seus próprios arquétipos, projetando sua imagem em si mesmo infinitas vezes, como se estivesse em uma sala de espelhos.
Portanto, e por definição, o ermitão é o mais perdido dos seres. Perdido por não ter onde ir, perdido por não poder enxergar-se nos olhos de ninguém. Perdido, para sempre, por ter de entender quem ele é, sem que isso - sua identidade - ao menos faça sentido naquele contexto.
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